Apresentação
Dependendo da forma como o educador intervém com seu aluno pode se tornar o fator decisivo para a aprendizagem dele, sendo assim é fundamental que o educador se prepare bem antes de fazer qualquer tipo de intervenção para não prejudicar seus alunos.
Nesta pesquisa abordamos algumas possibilidades de intervenções que o professor pode realizar no processo inicial da construção do conceito de número.
Intervenção do professor
As possibilidades de intervenções que o professor deve fazer para uma criança que está no processo inicial da construção do conceito de número.
Antes mesmo de ingressar na Educação Infantil, a construção do conceito de número pela criança é iniciada através das relações sociais de seu cotidiano ao se deparar com situações problemas que precisará quantificar elementos, organizar ou enumerar.
O educador deve ajudar seus alunos a construírem seu próprio conceito sobre números utilizando o conhecimento prévio de seus alunos em atividades que envolvam sistemas de classificação, seriação e quantificação, sempre estimulando as habilidades e autonomia de seus alunos sempre o levando a superar suas dificuldades criando desafios que levem a novas hipóteses.
O manuseio de materiais é importante esse contato visual para atingir o pensamento abstrato, os conceitos de tamanho, lugar, espaço, forma, posição, medida quantidade número, tempo e comprimento estão presentes em seu dia a dia. É necessário que mostremos a elas através das tarefas simples, como na divisão de objetos, arrumação de seus materiais, nos registros das atividades, sempre comparando e classificando.
Ao professor é necessário saber explorar os sete processos mentais básicos para o ensino da matemática: correspondência, comparação, classificação, sequenciação, seriação, inclusão e conservação cada um desses processos pode se referir a objetos ou situações. A apropriação desses processos resulta na compreensão do sistema numérico, sem o domínio desses conceitos a criança chega à resposta correta porem não compreende.
É fundamental para o educador a avaliação individual de seu aluno, pois, através desta sondagem o educador começará a discernir se o aluno sabe ou não sabe, se ele acertou ou errou descobrir como ele errou para reestruturar o seu caminho conduzindo para o resultado correto. Não é uma tarefa fácil para o educador, é necessário estar atento a tudo que seu aluno faz.
Através dos estudos de Piaget, entendemos que de acordo com a faixa etária de nossos alunos iremos trabalhar a matemática.
- Ensino Fundamental - operacional concreto (6 anos à 12 anos) - o aluno aprende através de situações concreta, ou seja, aquilo que está presente, que ele ver, toca ou senti.
Para a matemática se tornar clara e objetiva, é necessário ensiná-la por etapas para que o aluno compreenda seu processo.
Vamos observar o quadro a seguir:
CLASSIFICAÇÃO DAS ESTRUTURAS COGNITIVAS
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Nível
|
Características
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Idade
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Noções Matemáticas
|
Sensório-Motor
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Atividades reflexas Primeiros hábitos Coordenação entre visão e preensão Permanência do objeto, intencionalidade dos atos Diferenciação dos esquemas de ação Solução de problemas |
Meses
00-01
01-04
04-08
08-11
11-18
18-24
|
Maior/menor
|
2. Pré Operatório
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Função simbólica (linguagem) Organizações representativas, pensamento intuitivo Regulação representativa articulada |
2-4
4-5
5-7
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Desenhos, Contagem, figuras e geométricas
Correspondência termo a termo, conservação do número, classificação simples
|
3. Operatório Concreto
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Operação simples, Regras, pensamento estruturado fundamento na manipulação de objetos Multiplicação lógica |
Anos
7-11
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Reversibilidade, classificação, seriação, transitividade, conservação de tamanho, distância, área, conservação de quantidade descontínua , conservação de massa (7 anos)
Inclusão de classes, cálculo, conservação do peso, conservação do volume, frações (9 anos)
|
4. Operatório
|
Lógica hipotético-dedutiva, raciocínio abstrato Estruturas formais |
12-13
13-15
|
Proporção, combinação (12 anos)
Demonstração, álgebra (13 anos)
|
Cada etapa tem sua importância, sendo assim, o professor deve atentar-se para o conteúdo que ensina e observar se este conteúdo foi apropriado por seus alunos individualmente da seguinte forma propondo diálogos, plantões de dúvidas, retomadas, correções, analises, usar ou mudar estratégias, observar, avaliar e, sobretudo dispor-se ajudar a resolver "juntos".
O jogo pedagógico é um grande auxiliar em qualquer processo de ensino aprendizagem. Moura, define: "O jogo pedagógico como aquele adotado intencionalmente de modo a permitir tanto o desenvolvimento de um conceito matemático novo como a aplicação de outro já dominado pela criança." (Moura,M.,1992a:p.53)
Dependendo da forma como o educador intervém em um jogo, pode torná-lo fator decisivo para a aprendizagem, podendo até transformar um jogo espontâneo em um jogo pedagógico, desta maneira, podemos dizer que o fator primordial não é o jogo e sim as intervenções praticadas pelo educador.
Percebemos que além do planejamento de uma atividade é necessário planejar as intervenções a serem realizadas, para evitar uma frustração de ambas às partes.
Conclusão
A intervenção do professor
trabalhando e apresentando a matemática na vida das crianças começa no berçário
seguindo para as series iniciais. Elas descobrem as operações básicas, tanto na
escola como na sua própria vida cotidiana.
A
intervenção do professor trabalha a oralidade através de perguntas e respostas,
usando de alguns recursos ou materiais para a compreensão da criança. O
professor pode trazer às crianças várias propostas, criando alguns problemas, e
deixando que cheguem a uma conclusão, estimulando seu raciocínio lógico.
A
criança já na fase da escola com 6 anos, já se ensina o processo da divisão,
através do dividir o lanche, por exemplo, canetinha, lápis, em casa dividindo
suas tarefas do dia a dia. Também com jogos e brincadeiras onde existem suas
regras.
Ele
deve entender que divisão se trata de números em partes iguais, oferecendo
vários métodos de resolução com operações curtas e longas. Na subtração onde se
diminui, levando a criança a um desafio onde se busca caminhos para uma
resolução dos problemas assim aplicados.
O
professor deve basear-se no tipo de aluno que ele está trabalhando levando o
aluno ao questionamento, levando-o à discussão, estimulando o seu pensar
partindo de atividades concretas para chegar a um resultado definitivo.
Bibliografia
http://umnovojeitodeaprendertabuada.blogspot.com.br/2012/11/construcao-do-conceito-de-numero.html
http://ejnsmatematica.blogspot.com.br/2012/09/possibilidade-de-intervencao-que-o.html
www.cirandamatematica.com.br/?page._id=218
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/2443-6.pdf acesso em 06/09/2013 as 09:00
http://books.google.com.br/books?id=urNWNHfxGykC&printsec=frontcover&dq=Livro++Sergio+Lorenzato&hl=pt-BR&sa=X&ei=bIwrUuP9Kqi2igLdwYGADQ&ved=0CEEQ6AEwAw#v=onepage&q&f=true acesso em 06/09/2013 as 09:30
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